O soldado da Polícia Militar, Ângelo de Castro Borghini, 28 anos, que morava na Rua Alexandre Benedito, 55, no centro desta cidade, executou a sua mulher, Maria Ranielli e Freitas, 21, com um tiro de verólver na cabeça e depois se evadiu, isto por volta das 17h desta terça-feira, 21. Cerca de uma hora depois, ele foi encontrado morto há cerca de cinco quilômetros de casa, às margens da BR-405, altura do KM 134 com uma perfuração de arma de fogo também na cabeça, que leva a polícia a presumir que ele tenha cometido suicídio. A jovem ainda chegou a ser encaminhada para o Hospital Regional Doutor Cleodon Carlos em Pau dos Ferros, mas morreu em virtude da gravidade do ferimento no crânio. O casal, segundo informações, estava passando por momentos de dificuldades em seu relacionamento, inclusive ela já tinha confessado a alguns conhecidos que ainda naquele dia estava se separando dele. Natural do Estado do Rio de Janeiro e descendente de italianos, o suicida era lotado no Sétimo Batalhão de Polícia Militar (7º BPM) de Pau dos Ferros, porém prestava serviços na Quarta Delegacia Regional de Polícia Civil (4ª DRPC) daquela mesma cidade.Da forma como Ângelo Borghini foi encontrado na beira da estrada, morto ao lado da sua moto, a polícia presume que ele possa ter se matado com um tiro na cabeça. No entanto, uma terceira pessoa passa a ser mencionada no caso. Um irmão de Maria Ranielli, o policial militar Francisco Cleidiano de Freitas Gomes, integrante do Grupo de Operações Especiais (GOE) do 7º BPM, está preso desde a noite de terça-feira, 21. Ele é acusado de ter se deslocado até o local onde o corpo do cunhado estava inerte e lá, invadido a área isolada e que se encontrava sob a segurança de um companheiro de farda, sacado a sua arma, uma pistola calibre Ponto 40 e efetuado mais três disparos contra a cabeça da vítima. Em seguida se evadiu, mas foi preso em flagrante e a mesma homologada pelo juiz da comarca de Pau dos Ferros. A Polícia Civil deverá instaurar um segundo inquérito para investigar um crime de homicídio. A equipe de reportagem conversou com algumas pessoas que acompanhavam a rotina do casal e ouviu deles, cujas identidades vão ser preservadas, que Ângelo Borghini e Maria Ranielli nos últimos meses brigavam constantemente em virtude do ciúme doentio por parte dele. "Ele não podia vê a mulher com as unhas pintadas ou uma roupa diferente que já começavam a discutir". Na noite de terça-feira eles tiveram uma séria discussão e foi quando ela disse que não o queria mais. Ele atirou nela e depois foi embora na moto, provavelmente para a cidade de Itaú, onde moram alguns parentes seus.Os corpos de Maria Ramielli e Ângelo Borghini foram removidos para o Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP) de Mossoró no mesmo rabecão e submetidos à necropsia já na madrugada desta quarta-feira, 22. Já por volta de meio-dia, eles foram liberados para sepultamento que aconteceu no cemitério público desta cidade, mas em horários diferentes. O do policial teve de ser enterrado primeiro, enquanto que a mulher só o foi no final da tarde. O irmão, Cleitano Freitas, mesmo preso obteve permissão do comandante do 7º BPM, onde ele é mantido preso, a acompanhar por alguns momentos o cortejo que contou com uma grande presença de pessoas.
FONTE: GAZETA DO OESTE
